Quem não curte muito esse mundo da moda, fica se perguntando por quê raios eu me empolgo tanto com o DFB. Bom, primeiro porque é coisa nossa! É muito maravilhoso a gente poder proporcionar ao mundo um evento desse porte e colocar o Ceará no mapa da moda nacional. Segundo porque moda é muito mais que “uma roupa estranha na passarela”*. A moda atravessa as eras, identifica as épocas e, principalmente, expressa. Moda é a forma de expressão mais barata e fácil! E é muito legal ver tanta gente diferente se expressar de forma tão clara. O evento traz essa liberdade de abusar do que gosta e expor nossa personalidade ao mundo sem julgamentos!
E por falar em julgamentos… Vou relembrar os acontecimentos de ontem de trás pra frente e começar com Lindebergue. Que desfile!!! Talvez, você que não curta muito esse universo deva estar se perguntando o que diabos eu vi num monte de “roupa estranha na passarela”. O artista levou seu viés político e lúdico aos olhos treinados (e destreinados também!) e curiosos que o assistiam e que foi à loucura quando uma mulher negra e gorda adentrou a passarela. LINDA! MARAVILHOSA! PLENA! E eu, uma mera jornalista/expectadora/aprendiz, me emocionei (tanto que esqueci de tirar foto e errei o nome do estilista nos stories e registro aqui minhas desculpas! <3). Me vi naquela mulher incrível e reafirmo: REPRESENTATIVIDADE IMPORTA! Mas não era “só isso”. Depois dela vieram travestis maravilhosas, intercalando as entradas com modelos comuns. A coleção intitulada “Amor Próprio” trouxe uma reflexão sobre a relação do homem com o mundo e tudo que o envolve, incluindo o que se veste. Tudo com uma pitada caprichada da autenticidade já conhecida do estilista. Foi um belo encerramento de noite! <3
Antes de Lindebergue, consegui acompanhar Almerinda Maria e a classe e elegância de suas rendas. Antes dela, Wagner Kallieno levou neon, pele e muito brilho para a passarela. Também maravilhoso! A abertura do dia ficou por conta da Flee e seus biquinis e maiôs sensacionais!! A passarela desse primeiro desfile foi o novo espaço montado esse ano para apresentação de moda praia, o DFBeach Club que tem vista par ao mar e a proposta de fazer desfiles ao pôr-do-sol. Entretanto, contudo, todavia, porém… Ontem, São Pedro prendeu o nosso Solzinho arretado numa caixinha e abriu todas torneirinhas do céu sobre Fortaleza. O que não afetou em nada a beleza do desfile, que fique claro! Sigo na torcida para que o sol apareça hoje!
Mas nem só de desfiles vive o homem! O Dragão Pensando Moda deste ano começou com os dois pés direitos com palestras de Eduardo Motta, João Pimenta, Patrícia Pontalti e Juliana Jabour. Infelizmente não consegui chegar a tempo de acompanhar o DPM do primeiro dia e sigo sofrendo até agora por ter perdido essa. Mas hoje tem mais! E eu estarei lá! 🙂
Pra finalizar a noite, a deusa Iza subiu ao palco debaixo de muita chuva. Esse show eu acompanhei online porque, como disse no stories do instagram do blog, a tia aqui é “véia” e não pode ficar muito tempo exposta à chuva e “friage” senão se lasca! E ainda tem mais três dias de evento pra mostrar pra vocês!
O DFB Festival é um evento aberto ao público, tá? Qualquer pessoa pode ir, curtir os espaços de gastronomia, economia colaborativa, desfiles, shows etc. Qualquer pessoa!!! Dá pra ir de carro e estacionar lá mesmo no Terminal (tarifa única: R$ 20); dá pra ir de carro até o shopping Iguatemi e pegar o transfer que sai de lá direto pro evento de hora em hora (a partir das 15h/até 23h); dá pra estacionar pertinho, na Praça da Marinha, no entorno do Grande Moinho Cearense e pegar um transfer até o Terminal (a partir das 15h/até 23h). Isso vale pra quem usa o transporte público também! Tem ônibus pro Iguatemi e pro Serviluz, né non? Não tem desculpa, né?! Vai lá! Aproveita! Valoriza o que é nosso! <3
* “uma roupa estranha na passarela”: ouvi esse comentário em uma das salas de desfiles e fiquei refletindo sobre o significado da moda (pelo menos pra mim!) e decidi escrever em primeira pessoa todos os posts do evento. 🙂