Então, como previu a maravilhosa Marrom: “O sooooool há de brilhar mais uma vez!“. O tempo abriu (pero no mucho!) em Fortaleza e a chuva finalmente cessou. Aproveitei pra ir cedinho e pegar as palestras e conversa criativa do Dragão Pensando Moda. O assunto do dia foi moda masculina e a visão do mercado para o homem. Na Conversa Criativa, um bate-papo bem interessante entre Mário Queiroz, Eveline Vale, Erico Gondim e David Lee, estilista cearense que é um dos finalistas (o único brasileiro!) do International Fashion Show Case.
Ainda com o tempo meio insosso e o sol brincando de esconder (leia essa frase com a voz da Xuxa cantando lua de cristal), a estreante Hand Lace abriu o dia de desfiles com uma coleção maravilhosa inspirada na floresta com peças desenvolvidas em handmade e a vááááárias mãos que se mostraram ao final do desfile. Tudo lindo demais! E falando em beleza, a musa master da terrinha, Paulinha Sampaio, deu um show a parte na passarela desse desfile! A bicha é muito maravilhosa! <3
Nas salas principais de desfiles, alguns estilistas compartilharam o horário das passarelas. Foi o caso de André Sampaio e a marca D’Aura. Achei bem interessante essa proposta de “2 em 1”. André apresentou uma coleção basicamente p&b (que eu amo, diga-se) em tamanhos super amplos e tecidos estruturados. Já o desfile da D’Aura me pegou pela memória auditiva afetiva! Abrindo a passarela, “calada da noite preta”, tema da Natasha, em Vamp (sim, a tia é véia!). Juro que esperei Cláudia Ohana surgir belíssima como a vampira mais amada desse país! hahahaha (ok, viajei!). A coleção, trouxe à passarela peças coloridas e com brilho, corpos marcados e muita personalidade.
O terceiro desfile foi o que eu mais esperei desde o coquetel de lançamento do DFB. A Elo.Collab (K+Elemento Fio+Padma) é uma parceria colaborativa, cearense e incrível! As peças de roupa (todas pretas!) davam um destaque especial aos acessórios em fios de metal super trabalhados com design incrível. Tudo servindo como plataforma de expressão para saudar a memória de mulheres arquetípicas da história brasileira, evocando a grandeza de perfis femininos fortes. Também dividindo o horário do desfile, seguindo a Elo veio Fábio Caracas e uma belíssima coleção trazendo o conceito de upcycling.
Em seguida vieram Gisela Frank, com trabalho atemporal, marcado pela sutileza dos tecidos de fibras naturais, abrindo espaço para a reflexão sobre o consumo consciente. Depois dela, a Rendá (por Camila Arraes) desfilou suas peças leves e despojadas em renda renascença inspirada nas riquezas naturais no Nordeste. Em seguida, Weider Silveiro privilegiou o artesanato em suas peças. Paulinha Sampaio também fez parte do casting deste desfile.
E, fechando a segunda noite, o talentosíssimo Iury Costa apresentou a coleção Astúcias, mostrando elementos de altíssima qualidade e requinte que traçava um paralelo entre o moderno e o regional. Muita transparência, sensualidade, formas geométricas e amplitude nas peças chamaram a atenção das multidão que lotou a sala para prestigiar o artista.