Por: Kassiane Costa
@maefarmaceutica
Precisamos falar sobre maternidade. Não a das revistas. Das novelas. Das belas fotos nas redes sociais. Mas da maternidade real. Sem filtro. Aquela que acontece entre quatro paredes.
Aquela que rola todo dia de manhã quando o filho insiste em não querer sair da cama pra ir pra escola. Aquele estresse gostoso que é dar cada banho ou refeição ou tarefa da escola ou fazer um passeio ali na esquina. Aquela que é a mesma pra mim, pra você, pra vizinha, pra rainha, pra Beyoncé. Aquela que cansa. Dói. Nos transforma. Nos reinventa. Foi essa maternidade que me trouxe aqui. E é sobre ela que quero conversar com você.
Porque livros e manuais sobre como cuidar e criar um bebê/criança/adolescente, temos aos montes. Mas papo reto e sincero sobre as dificuldades do dia a dia, a eterna montanha-russa de sentimentos que vivemos, os bastidores, ainda são poucos.
Vem melhorando bastante, graças aos céus. De uns anos pra cá começou essa transformação, mulheres dando voz a seus sentimentos nessa fase tão delicada. Falando sobre puerpério, baby blues e tudo mais. Mas ainda é pouco.
Sempre será pouco enquanto houver alguma mãe que se sente pressionada a fazer assim ou assado. Enquanto houver alguma mãe que se sinta julgada por ter escolhido uma ou outra via de parto. Ou por ter decidido amamentar ou não. Ou por ter tomado qualquer decisão que seja no seu maternar. Enquanto houver quem aponte dedo para mães por suas decisões e enquanto houver mães que não se sentem seguras o suficiente para seguir com suas escolhas, será necessário falar sobre isso.
Porque o maternar é seu. E você precisa ser livre pra decidir. Empoderada para seguir. Precisa ter seus sentimentos acolhidos e respeitados. E esse espaço é sobre isso. É sobre ser rede. Apoio. Abraço. É sobre empatia. É sobre acolher aquela mãe que pode ter uma realidade totalmente oposta a sua, mas o combustível que a move é exatamente o mesmo que o seu: o amor. Amor de uma mãe por um filho. Desse, só outra mãe entende. Então, por mais que sejamos diferentes, temos algo em comum. E, por mais que achemos que não, devemos trabalhar juntas para garantir que cada coleguinha tenha seu maternar respeitado.
Vem comigo?