Por: Kassiane Costa
@maefarmaceutica
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Esses dias viralizou na internet o vídeo “Be a lady” (Seja uma dama). Tão necessário sobre os padrões que nós mulheres somos impostas a seguir desde que nascemos, apenas assista. Mas o que trago para nossa reflexão de hoje é um texto inspirado nesse vídeo, escrito pela Amanda Silvano, “Seja uma boa mãe”. Coincidência (ou não) assisti esse fim de semana a um filme e uma das cenas mais marcantes é justamente a de uma mulher falando para outra que uma mãe não tem o direito de ser imperfeita. Não cabe à mãe cometer deslizes, esquecer alguma coisa, pensar nela em primeiro lugar, se enxergar além do filho. Não é o que a sociedade espera de nós. Afinal, nosso exemplo maior é Maria, que deu à luz virgem. Como competir com isso?
Assim como cada mulher sente dia a dia a pressão para atingir um padrão de perfeição inexistente, cada mãe sente a necessidade de seguir mil e uma orientações para que seu filho cresça forte e independente, porém apegado e seguro. Que coma todos os tipos de alimento. Que sapateie, fale e cante aos três. Em dois idiomas. Pelo menos. Que tenha um desfralde gentil, mas não pode deixar passar de 2 anos. Não pode deixar andar pelado pela casa. Traumatiza. Não pode isso. Não pode aquilo. Se prepara pra pagar a terapia. Porque assim ele vai precisar com certeza. E, olha só, todos nós precisamos, na real.
Vivemos na era da informação. Tudo ao alcance das mãos. São tantas diretrizes, recomendações, artigos e mais artigos falando sobre o que é bom, o que é ruim, o que traumatiza, o que fazer, o que não fazer. Apenas pare! Pare de consumir desenfreadamente tanta coisa, sem conseguir absorver o que realmente importa. Pare de dar ouvidos a tantos conselhos e esquecer de ouvir o principal. Seu coração. Sua intuição. Ninguém criará seu filho melhor que você.
Informação ajuda. Óbvio. É fundamental. Mas saiba filtrar o que se encaixa na sua realidade e o que não se encaixa. O que é importante pra você e o que você está fazendo só porque alguém disse que é a melhor forma de ser feito. Será que é mesmo? Será que no seu contexto essa seria a forma mais adequada? Pondere. Avalie. Seja crítica. Não aceite goela abaixo toda informação que recebe.
Nosso feminino já sofreu demais, e ainda sofre, por tentar atender às demandas que nos foram impostas. Não faça isso também com seu maternar. É melhor ser uma mãe possível que perfeita. Rasgue regras se precisar. Queime guidelines. Seja livre. Para ser a mãe que puder ser. A mulher que puder ser. Essa é a sua melhor versão.