O mês de junho foi escolhido para ser o período de conscientização sobre as causas e tratamentos da escoliose. A condição nada mais é que a curvatura lateral da coluna vertebral, geralmente com forma de “S” ou de “C”. Ela afeta 3% da população mundial.
O médico Dr. Valmir Fernandes, ortopedista e membro titular da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), explica que a escoliose não é uma doença. “A a condição consiste em uma alteração para alguns dos lados da curvatura natural da coluna vertebral. É uma deformidade, podendo ou não ser acompanhada de rotação das vértebras”, explica.
Os sintomas mais comuns da escoliose são ombros ou quadris que parecem assimétricos, coluna vertebral curvada para um dos lados e sensação de desconforto muscular.
Existem vários tipos de escoliose, mas as mais comuns são: congênita, neuromuscular e idiopática. “Na congênita, o problema é a má formação da da estrutura vertebral decorrente de um problema com a formação dos ossos da coluna vertebral (vértebras) ou de um problema de fusão dos ossos da coluna. A neuromuscular acomete o paciente após doenças ou distúrbios que acometem o sistema nervoso central, os nervos e os músculos como paralisia cerebral ou muscular, sequela de doenças neurológicas (como a poliomielite) e distrofia muscular”, afirma o médico.
Já a escoliose idiopática tem este nome por não possuir causa conhecida, não sendo possível determinar a origem do desvio da coluna. Ela é a mais agressiva quando não tratada e por isso justifica a necessidade da conscientização.
“Em síntese, a escoliose, se não for tratada, pode causar, junto com as disfunções estéticas, complicações cardiorrespiratórias e até musculoesqueléticas”, alerta.
O tratamento, contudo, envolve o uso de órteses e coletes, além da cirurgia. “Vai depender da idade óssea e do valor angular da escoliose. Até 20 graus, observamos. De 20 a 40 graus, utilizamos o colete. A partir de 40, indicamos a cirurgia”, encerra Dr. Valmir.