Intensos desafios irão ditar narrativa do programa, em que os participantes, para chegar ao prêmio, devem fugir da mera disputa e jogar em equipe
Sabe aquele conto que fala sobre o pote de ouro no fim do arco-íris? Em “A Ponte: The Bridge Brasil”, versão brasileira de programa norte-americano, são R$ 500 mil ao final de uma ponte. Mas até lá, os participantes do mais novo reality show brasileiro precisarão ir muito além disso, pois até lá, será preciso jogar com inteligência e buscar a união para que os objetivos sejam alcançados.
De cara, o reality da HBO Max, que estreia nesta quinta-feira (9), exclusivo para os assinantes do canal de streaming, traz um formato completamente diferente do que se está acostumado a ver nas produções do gênero aqui no Brasil. Com um misto de “casa vigiada” e linguagem cinematográfica, os 8 episódios farão o espectador mergulhar no ambiente e em sensações tais quais os participantes estão vivenciando.
Aqui, a experiência está longe de ser vivida à distância. “Quando falamos da construção dessa ponte, na verdade, estamos falando da construção desses laços dos participantes. É um jogo de união, não de competição”, pontua o ator Murilo Rosa, que atua como apresentador, narrador e uma espécie de jogador às avessas, levando sorrateiramente as pistas e desafios do jogo.
Aliás, a atuação de Murilo Rosa é parte importante na narrativa. Sim, narrativa. Porque há uma bem definida em “A Ponte”. Distante da linguagem convencional de outros realities, de sobrevivência ou não, este propõe um mote e vai conduzindo os personagens (aqui, os 12 participantes) por uma trama paralela à construção da ponte.
Rosa usou técnicas de narração para aprimorar sua apresentação de “A Ponte” para trazer bem mais emoção e realismo. Em determinados momentos, é fácil confundir a produção com um documentário, se você for pego desavisado passeando pela HBO Max.
“Eu adoro a narração. Foi uma coisa que eu sempre gostei de fazer. Uma boa narração não pode ser muito apressada, muito coloquial. É uma coisa à parte de uma apresentação e interpretação”, complementou o ator, que já tem outras produções com narração no currículo.
O elenco, por assim dizer, é composto de “desconhecidos” e “famosos”, que precisam aprender a conviver rapidamente se quiserem ganhar a premiação máxima do programa. Compõem a casa construído no meio da Floresta Amazônica: a cantora Pepita, a atriz Danielle Winits, o cantor Badauí, a atriz e cantora Polly Marinho, o empreendedor cultural Boaventura Carneiro, a empresária Paola Santerini, a modelo Priscila Sena, o policial civil Diego Del Rio, o ator Fábio Beltrão, a modelo Suyane Moreira, a arquiteta Jordana Louise e o empresário e shaper Henrique Fares.
O mote do reality é a construção de uma ponte de 250 metros em 20 dias para chegar até o prêmio. Mas segredos permeiam essa narrativa, como por exemplo, o fato de que, ao chegar à premiação, os vencedores deverão votar em quem ficará com os R$ 500 mil. E este vai decidir se fica com o prêmio todo para ele ou se divide com os que chegaram com ele até lá.
Assim como estes segredos, há outras decisões que cada um irá precisar tomar e que mudará os rumos do jogo diariamente. O suspense é constante entre todos e entre quem está no sofá acompanhando. Então, se você acha que os maiores problemas serão a pouca estrutura física do local, a falta de energia elétrica ou a comida racionada, está muito enganado. “A Ponte: The Bridge Brasil” traz surpresas a cada sinalizador lançado no céu.
Um detalhe importante é que essas surpresas vão mexendo nas emoções, individualmente, e servindo de mote também para que a história dos 12 participantes seja contada paralelamente ao jogo, despertando um empatia orgânica com o público. Nada vai se formando forçadamente. E aqui, é importante ressaltar o processo narrativo, que desde o começo é posto, dada a proposta cinematográfica. Impossível não se importar com a relação entre Polly e Boaventura, com a luta para ser ouvida de Jordana ou com os dilemas de Suyane.
“(Tudo) Vai depender do trabalho coletivo como objetivo final. O local possui algumas limitações. Muitos chegaram lá sem saber para onde iriam”, destacou Eduardo Gaspar, vice-presidente de criação da Endemol Shine, produtora do reality show.
Os integrantes passaram ainda por rigoroso protocolo contra a Covid-19 (afinal de contas, ainda estamos em uma pandemia!) com isolamento prévio e testes para detectar o novo coronavírus. Aliás, na visão de Murilo Rosa, exatamente por conta da pandemia, “as pessoas estão querendo, desejando um produto diferente” para ver.
“A Ponte: The Bridge Brasil” é uma experiência imersiva garantida e que vai fazer o espectador se importar, de fato, com cada participante, seja para torcer a favor ou contra. E vivenciar cada “plot twist” como se estivesse na poltrona do cinema.