“Voo para o fim do mundo”, novo espetáculo do Teatro Violetas, mergulha no universo de Mari Hi, uma mulher no caminho para o fim do mundo

De 24 a 03 de Novembro, o canal do youtube do Theatro José de Alencar apresenta “Voo para o fim do mundo”, o mais recente trabalho do Teatro Violetas, a partir das 19h, com acessibilidade em LIBRAS. A programação de estreia também inclui lives no instagram @teatrovioletas sobre o processo de criação do espetáculo de 24 a 29 de outubro, às 19h.

 

Foto: Allan Diniz

Com direção de Renata Lemes, o espetáculo faz parte da pesquisa do grupo que consiste em levantar e pesquisar a vida e obra de mulheres latino-americanas símbolos de resistência e referências na arte e/ou na política. Essa pesquisa se desdobrou em vários outros projetos anteriores como a rádio-novela “Antonieta”, os vídeos-teatro “Fragmentos para ressurgir”, “Carta para Violeta”, dentre outros.

“Em “Voo para o fim do mundo”, a gente é muito influenciada por esse momento político e de pandemia e a relação do feminismo frente a isso tudo. A relação das mulheres em um lugar à margem, a exemplo dos casos de violência que aumentaram durante esse período tão difícil. A gente se deixou afetar por isso dentro do espetáculo, mas a partir do olhar enquanto mulheres, nesse momento caótico da política e de pandemia”, conta a atriz Débora Ingrid.

É ela que dá vida à personagem principal, Mari Hi, uma árvore-mulher. A partir da origem sertaneja da artista, o trabalho traz algumas dessas referências nas partituras corporais ao se debruçar sobre as danças populares, rememorando figuras guerreiras e a energia de guerrear. A respeito da concepção, o grupo começou investigando as matrizes populares, e as danças como foco para o treinamento da Débora, esse foi o ponto de partida.

 “A gente queria algo que a atriz de fato tivesse uma relação intrínseca, que não fosse uma preparação exterior a experiência dela, a partir dos seus próprios referenciais autobiográficos. Depois chegamos ao uso das máscaras e começamos a brincar com as corporeidades distintas que criamos”, explica a diretora. Todos esses elementos vão se compondo e as cenas emergem do cruzamento deles: as danças, as lutas, as máscaras, todas referências de ancestralidades que estão muito presentes, já que a personagem é uma figura atravessada pelos séculos. A obra tem esse aspecto do sonho, de mitologia e de memória que vai alimentando o imaginário dos povos através dos tempos.

Solange Dias é a dramaturga responsável pela criação do texto e o título traz um pouco do que as Violetas querem refletir: Como fazer arte agora, depois do fim do mundo (pandemia), com o olhar para o amanhã? Como voar depois do fim do mundo? Existe uma expectativa no “pós-pandemia”, um medo e, ao mesmo tempo, a construção de uma coragem que inspirou o espetáculo. Elas buscam isso de algum modo, se preparar para esse fim de mundo, pós-fim de mundo, novo fim de mundo, pro que virá.

 

SERVIÇO:

Espetáculo: Voo para o fim do mundo

Duração: 40 minutos

Transmissão: Youtube Theatro José de Alencar 

Dia: 24 de outubro de 2021 (disponível gratuitamente até 03 de novembro)

Horário: 19h

Classificação: 10 anos

Acessibilidade: Libras

Realização: Teatro Violetas

 

FICHA TÉCNICA:

 

Realização: Teatro Violetas

Direção geral: Renata Lemes

Elenco: Débora Ingrid

Dramaturgia: Solange Dias

Trilha sonora/voz: Bárbara Sena

Produção geral: Débora Ingrid e Juliana Tavares

Figurino: Joyce Barbosa

Cenário e adereços: Chico Henrique

Preparação corporal/Composição coreográfica: Alda Pessoa

Apoio na confecção do figurino, cenário e adereços: Débora Ingrid

Filmagem e fotografia do espetáculo (estreia): Allan Diniz e Levy Mota

Montagem e operação de som da gravação: Naiara Lopes

Produção/Técnicos do Theatro José de Alencar: Socorro Amarante, Jorge Brasil, Neto Mansour, Diniz e Gadelha

Interpretação em Libras: Bruna Martins e Gracy Kelly

Assessoria de Imprensa (de estreia): Aby Rodrigues

Design Gráfico: Alessandra Pereira

Agradecimentos: Bruta Flor – Arte e Invenção, Flutuante – produtora cultural, Theatro José de Alencar e Tatiane Sousa 

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