Filme “Os Pobres Diabos” estreia em Fortaleza e Juazeiro do Norte

A partir desta quinta-feira (6), o longa-metragem cearense “Os Pobres Diabos”, dirigido por Rosemberg Cariry, estreia em cinco salas de Fortaleza (Cinema do Dragão, Cineteatro São Luiz, Cinépolis RioMar Fortaleza, Cinépolis RioMar Kennedy e Arcoplex Shopping Aldeota) e em uma de Juazeiro do Norte (Orient Cariri Garden Shopping), trazendo a magia e as lutas de uma trupe circense que viaja pelo interior do Ceará. A obra também chega ao circuito de outras 11 cidades brasileiras. Novas salas devem ser confirmadas para as próximas semanas de exibição.

Vem conferir o trailer:

Com um elenco de estrelas formado por Chico Diaz, Sílvia Buarque, Everaldo Pontes, Gero Camilo, Zezita Matos e Sâmia Bittencourt, entre outros nomes, o filme apresenta ao público o Gran Circo Teatro Americano, uma companhia mambembe e muito pobre, que perambula por pequenas cidades do sertão nordestino até armar a tenda em Aracati, no litoral do Ceará. A obra venceu os troféus de Melhor Filme pelo Júri Popular e Prêmio TV Brasil no 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Cariry mostra-se sereno e atento aos mínimos detalhes, na condução do seu modo de fazer cinema, com um toque autoral. Embora se veja favorecido pela revolução tecnológica em curso na área, explora a sua faceta humana, natural e artesanal. Sabe que depende sempre ainda da expressão dramática de atores e atrizes, do rigor da fotografia, da generosidade da luz solar, da criatividade diligente e inspirada da direção de arte.

Sob o rigor de uma narrativa que se propõe simples, a exemplo das narrativas da literatura de cordel, o filme recria e funde artes e artimanhas, saberes e sentimentos, arquétipos e sonhos, tradições perdidas e relidas, tempo presente e pretérito, em busca de um sentido estético capaz de vencer o vazio individualista e globalizante, na era do desfazimento de tudo, em especial, da dissolvência cultural da chamada pós-modernidade.

A discussão sobre o significado de cultura e especificidade cultural é um desafio para o qual devemos estar sempre atentos. Nesse sentido, como artistas de circo, os personagens têm em comum a característica de viajantes e nômades: com o passar do tempo, eles vão adquirindo características de tantos lugares por onde passaram e/ou viveram, que já não é possível identificar de onde eles vieram, ou que lugar ou cultura representam. Esta decisão está refletida na escolha que fizemos dos atores e atrizes de ‘Os Pobres Diabos’, vindos de várias regiões do país”, conta.

SINOPSE

O “Gran Circo Teatro Americano” perambula por pequenas cidades dos sertões, até chegar à cidade de Aracati, onde monta uma peça teatral. No cotidiano do circo, acontecem aventuras, nas quais os personagens agem ao modo picaresco dos anti-heróis do romanceiro popular. As dificuldades se acumulam, mas a arte ajuda a superar desventuras e tragédias. O espetáculo não pode parar.

SOBRE O DIRETOR

O cineasta Rosemberg Cariry nasceu em Farias Brito – Ceará, no ano de 1953. Realizou doze filmes de longa-metragem como, Corisco e Dadá (1996), Patativa do Assaré, Ave Poesia (2007) e Siri-Ará (2008). Para a TV realizou dezenas de seriados, documentários e programas. É jornalista, escritor, poeta e pesquisador das culturas populares brasileiras, tendo publicado vários livros. Participou de várias entidades nacionais de cineastas e lutou pela diversidade do cinema brasileiro, sendo um dos responsáveis pelo processo de “regionalização” dos meios de produção audiovisual, que tem mudado o panorama do cinema brasileiro.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Rosemberg Cariry
Elenco: Chico Diaz, Sílvia Buarque, Everaldo Pontes, Gero Camilo, Zezita Matos, Sâmia Bittencourt, Nanego Lira, Georgina de Castro, Reginaldo Batista Ferro, Letícia Sousa Perna e Sávio Ygor Ramos
Produção executiva: Bárbara Cariry
Direção de produção: Teta Maia
Roteiro: Rosemberg Cariry
Fotografia: Petrus Cariry
Montagem: Rosemberg Cariry e Petrus Cariry
Som: Yures Viana e Érico Paiva (Sapão)
Desenho sonoro e mixagem: Érico Paiva (Sapão)
Direção de arte e figurino: Sérgio Silveira
Cenografia: Sérgio Chaves
Trilha sonora original: Herlon Robson
Participação musical especial: Son da Madera (México)
Coordenação de Produção: Willa Lima
Assistente de direção: Frazão

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