Programa do Instituto Diageo já beneficiou mais de 120 mulheres do sistema penitenciário do Ceará

O programa Tecendo o Futuro, do Instituto Diageo – entidade sem fins lucrativos que realiza os programas sociais da Diageo, proprietária da Ypióca – já acolheu mais de 120 mulheres do Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa (IPF) em três anos, desde 2019. A iniciativa começou com 30 internas assistidas pelo programa, que promove capacitação para o ofício de artesã, por meio do ensino da habilidade de tecer à mão a palha de carnaúba; e também promove o desenvolvimento humano. A iniciativa vem crescendo e, hoje, reúne quase 50 mulheres. Em 2021, foram realizadas 600 horas de atividades em aprendizagem técnica e desenvolvimento humano.

Só de 2020 para 2021 as mulheres duplicaram a produção anual, alcançando 8.700 artigos de palha elaborados, entre embalagens para revestir as garrafas de Ypióca e outros itens, como bolsas, carteiras e cestos. Incentivadas a mergulhar na criatividade, chegam a fazer peças de encher os olhos, como saias, blusas, brincos e enfeites para cabelo; tudo em palha, feito à mão.

Segundo Cristiane Gadelha, coordenadora de Inclusão Social do Preso e do Egresso, da Secretaria da Administração Penitenciária, a parceria com o Instituto Diageo tem sido fundamental para o sistema penitenciário cearense. “Ao longo da existência do programa, já participaram mais de 120 mulheres, aprendendo um artesanato de qualidade, podendo seguir com o ofício na liberdade como empreendedoras. Isso é transformar vidas”, destaca.

Segundo Paulo Mindlin, gerente executivo do Instituto Diageo, o Tecendo o Futuro, além de ação pioneira em capacitação no IPF, tem como objetivo seguir dando novas perspectivas de vida para as internas, preparando-as para um recomeço em sociedade. “Elas recebem capacitação, tanto no âmbito do artesanato com a palha quanto no desenvolvimento de competências pessoais. Trata-se de uma intensa formação humana e técnica profissionalizante”, explica.

As participantes do Tecendo o Futuro ganham um dia de redução da pena a cada três dias trabalhados. “Além disso, elas recebem 75% de um salário mínimo e parte dele compõe um pecúlio, pago quando voltam à liberdade”, complementa Paulo. 

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